É bem verdade que a luteria é uma prestação de serviços como outra qualquer. Também, é verdade que o luthier esta mais para um artesão do que para um artista, propriamente dito. No entanto, a luteria fascina pois é a técnica a serviço da arte, dando musica ao lenho.
Bem vindo à nossa oficina de luteria! O instrumento, o arco e o músico podem contar conosco.
Natural de Campinas, SP, cresceu vendo o pai e o avô em meio a tampos e fundos de violões, sempre com serragem aos ombros e cola nos dedos. Construiu seu primeiro violão em 1992, quando iniciou o curso técnico em Química.
Em 1996, ingressou na Unicamp, para cursar Ciências Biológicas. Interrompeu o curso em 1999, para arriscar uma carreira de músico compositor, estudando Música Erudita na mesma Universidade de Campinas. Ótima oportunidade para certificar-se de que sua inclinação para a música não era bem essa.
Retornou às Ciências Biológicas em 2000, obtendo diploma de bacharelado e licenciatura. Desde então, pos de lado a academia e dedicou-se excusivamente às madeiras.
Formou-se em Marcenaria pelo Senai e estudou entalhe artístico com Aparecido Rivato, antigo professor do Liceu de Artes e Oficio de São Paulo. Até 2005, dedicava-se à escultura em madeira, decorativa e sacra, em estilo barroco e moveis diversos. Eventualmente, nesses anos, construía instrumentos de cordas dedilhadas e rabecas.
Em 2005, teve a oportunidade de estudar Luteria de violinos em Parma, Itália, na Bottega di Parma, com o Maestro Desiderio Quercetani. Em 2006, retornou ao Brasil. A partir de então, passou a atuar integralmente como luthier de instrumentos de cordas friccionadas.
Em 2008, estabeleceu-se em São Paulo, capital, onde associou-se ao experiente luthier Rafael Sando, com quem aprendeu muito sobre restauração, reparos e ajustes, bem como um pouco da história e avaliação de violinos.
Quercetani e Sando tornaram-se seus mestres e influentes no seu estilo e modo de trabalho.
Atualmente, desde 2014, mantém seu próprio estúdio em São Paulo, dedicado à São José, no tradicional bairro do Ipiranga. Dedica-se à construção, restauração, manutenção e ajustes de violinos, violas, violoncelos, contrabaixos, e seus respectivos arcos.
Voltar ao topoFundada pelo maestro Desiderio Quercetani, a Bottega di Parma tornou-se a escola mais famosa da cidade, na ultima década. Até então, a tradição parmigiana da luteria de violinos vinha do conservatorio de Parma, onde lecionava Gaetano Sgarabotto e Pietro, seu filho.
O maestro Sgarabotto trouxe à Parma o movimento de ressurgimento da clássica luteria cremonese, iniciada na década de 30, em Cremona, cujo objetivo era retomar o método clássico de construção desenvolvido pela família Amati, por Antonio Stradivari, pela família Guarneri, entre outros, do século XVII e XVIII. Por Parma, já passaram importante luthiers, como Giovanni Battista Guadagnini, no século XVIII e Ferdinando Garimberti, no inicio do século XX.
Na década de setenta, o maestro Renato Scrollavezza reabre a antiga escola de luteria, que dura até 1998, retomando o antigo estilo dos Sgarabotto. É nesse contexto que nasce a Bottega di Parma, quando o luthier Desiderio Quercetani, aluno de Scrollavezza, resolve difundir a luteria parmigiana, inovando nas técnicas de construção, visando facilitar ao aluno a compreensão dessa difícil artesania.
O conceito de Bottega vem de uma idéia medieval, onde o maestro trabalha com seus discípulos, mantendo um estilo próprio e sempre com foco na atividade profissional.
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